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Crítica – Bloodshot

Marcado pela poderosa franquia Velozes e Furiosos, Vin Diesel, já provou que tem força o bastante para carregar um grande título nas costas. Mas será que ele conseguirá repetir o sucesso entrando de cabeça no universo retirado das páginas das histórias em quadrinhos da Valiant Comics? Bom, a resposta é sim. Mas, não muito.

Bloodshot é um puro produto dos quadrinhos dos anos 90, cheio de músculos, ação desenfreada e um verdadeiro banho de sangue, nada que tire muito Diesel de sua zona de conforto. O longa, de maneira geral, consegue pegar bem o espirito do material original, focando nas reviravoltas da história e buscando surpreender a audiência a cada revelação.

No filme, Ray Garrison (Vin Diesel), é um soldado morto em combate e ressuscitado como o “exército de um homem só”, o super – humano Bloodshot. Com uma quantidade absurda de nanites correndo em suas veias, Ray agora é praticamente imortal, com força sobre-humana, cura instantânea e capacidade de se “logar” a redes tecnológicas. Entretanto a mesma empresa que trouxe Ray de volta a vida, a RST (Rising Spirit Tech), também é capaz de controlar sua mente. Sem saber mais o que é real, Bloodshot está decidido a usar sua nova condição para descobrir a verdade.

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Com o intuito claro que iniciar um universo compartilhado pelos heróis do selo Valiant, Bloodshot não se arrisca e tenta pegar carona nas rentáveis franquias do gênero. Talvez o maior acerto aqui seja não mirar nos títulos grandiosos, como Vingadores ou Superman, mas sim em um pegada menor, mais “pé no chão”, como o Justiceiro ou mesmo Deadpool. A ideia geral aqui é ir fundo na mente do protagonista e como ele lida com os vários traumas que a RST colocou em sua memórias.

O Maior destaque, com toda a certeza do mundo, deve ir para a direção de Dave Wilson. Oriundo do mundo dos efeitos visuais, Wilson, songue resolver as cenas de ação com uma fotografia totalmente diferente. Se os cortes bruscos e as coreografias pobres, não levantam o patamar da cena, com certeza a luz e os efeitos dão o suporte necessário.

Infelizmente, Bloodshot não consegue fugir da fórmula fraca dos quadrinhos dos anos 90, com muita ação mas pouquíssimo roteiro. Se essa receita dava certo nos anos 90 para os quadrinhos, certamente não cabe mais nos dias de hoje, toda a trama se apoia apenas em um grande ponto de virada, muitas explicações que se fazem necessárias não são sequer abordadas e soluções pouco ou nada inspiradas ganham um destaque exagerado, diálogos rápidos e vazios, tudo é feito com muita pressa para desembocar em longas e repetitivas cenas de ação.

Ainda que Bloodshot não seja um filme planejado para ser grandioso, ele peca por ser muito raso e pouco criativo. Mesmo que os efeitos gráficos estejam impecáveis, a história permitia e precisava de mais.

Para todos os fãs de quadrinhos dos anos 90 que estão curiosos para rever o personagem o filme é super recomendado, vale a experiência. Entretanto para aqueles acostumados com grandes produções bem amarradinhas, Bloodshot pode decepcionar.

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