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Crítica – Star Wars | A Ascensão Skywalker

Três trilogias e 42 anos depois, enfim chegamos ao final da épica saga da família Skywalker em Star Wars – A Ascensão Skywalker. Sem empolgar e ainda distante do material original, o longa consegue desagradar tanto os fãs mas antigos como os arrebatados pelos últimos anos de lançamentos.

A bem da verdade, terminar uma trilogia por si só, já seria um desafio gigante para qualquer cineasta, terminar um terceira trilogia então, parecia uma tarefa impossível. Entretanto ainda assim, a Disney pareceu esbarrar no básico: um planejamento sólido. Considerando demais a vontade dos fãs, a produção tentou desesperadamente adaptar o material de acordo com o feedback passional das redes sociais. Se a recepção do primeiro longa não foi tão boa pela similaridade com o original Uma Nova Esperança, em Os Últimos Jedi, os fãs reclamaram por ter pouca ligação com o material antigo. Nessa dúvida, a Disney resolveu colocar um ponto final na família Skywalker e simplesmente responder algumas questões levantas, tudo de maneira muito rápida e cercado por uma verdadeira colcha de retalhos de fan services.

No longa, praticamente ignorando os dois filmes anteriores, temos a trinca de protagonistas, Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac) isolados em uma floresta, junto da resistência, ainda bolando um plano para acabar com a famigerada Primeira Ordem. Enquanto Kylo Ren (Adam Driver), vai atrás de Palpatine que pretende dar inicio ao seu plano final. Dois terços do longa tentam emular uma verdadeira busca ao tesouro, os três protagonistas decifram pistas e enigmas para chegar ao esconderijo do vilão antes que ele cumpra seu objetivo. Apesar dos pesares, vale ressaltar aqui como os três jovens atores conseguem segurar bem o peso do longa. Daisy, John e Oscar trabalham muito bem juntos e trazem leveza, comédia e drama na dose certa no desenvolver de seus personagens.

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Ainda que, segundo o diretor J.J. Abrams, o retorno de Palpatine estivesse nos planos desde o incio, a sensação não é essa. Sem um por que aparente, o personagem simplesmente sai de uma cartola, já com um plano em andamento, que nem de longe foi trabalhado em qualquer um dos dois outros filme anteriores. Aqui fica evidente que o discurso de “pretendemos encerrar a saga da família Skywalker” não faz sentido. O imperador já havia sido derrotado, o bem já havia vencido e este longa apenas espicha um plot que já tinha encontrado seu fim. A grande revelação do filme, a verdadeira identidade da Rey, nesse contexto faz menos sentido ainda, além de soar como um recurso forçado. Ainda que a história por trás dessa escolha possa vir a fazer algum sentido, merecia ser explorado dentro do longa e não em algum material extra do universo Star Wars.

Apesar das diversas críticas negativas que este episódio possa receber, a ressaca toda pertence a Disney e sua completa falta de pulso e planejamento. O Despertar da Força e Os Últimos Jedi, são ótimos filme, mas puxam para lados opostos dentro de uma mesma proposta. A Ascensão Skywalker tenta tapar alguns furos, implantar novos desafios e encerrar uma verdadeira história épica. Muitas coisas para apenas um longa encaixar.

Agora, para o futuro, Kevin Feige e Jon Favrou apontam como as cabeças pensantes para os novos rumos de Star Wars, o futuro já parece mais promissor.

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